7 de abril de 2010

O CALENDÁRIO DO JARDINEIRO

Elaborar um calendário que indique com a devida precisão o momento mais oportuno para executar os vários trabalhos da jardinagem não é um trabalho simples, quando se refere a um país caracterizado por uma variedade de ambientes ao longo da sua extensão territorial mas também por uma marcada instabilidade climatérica ao longo dos anos.

O calendário do jardineiro refere-se aos dados médios característicos das várias zonas climatéricas.

JANEIRO

 Plantar árvores e arbustos de folha caduca
 Regar com temperatura superiores a 10º C
 Abacelar bolbos e rizomas
 Aparar os ramos
 Renovar o estrume
 Verificar o relvado
 Plantar as roseiras
 Arejar as espécies semi-rústicas
 Lavrar superficialmente o terreno
 Iniciar os tratamentos fitossanitários

FEVEREIRO

 Podar e aparar árvores e arbustos sem flor
 Podar e plantar árvores e arbustos de folha caduca
 Semear as espécies anuais
 Dividir as espécies herbáceas perenes de folha caduca
 Ancinhar, arejar e rolar o relvado
 Semear as trepadeiras anuais
 Regar as espécies de folha persistente
 Podar e regular as sebes
 Lavrar e adubar o terreno
 Executar os tratamentos fitossanitários

MARÇO

 Podar e plantar árvores e arbustos de folha caduca
 Regar
 Semear as espécies anuais
 Plantar os bolbos
 Voltar a limpar, dividir e replantar as espécies herbáceas perenes
 Combater as infestantes
 Podar e adubar as hortênsias
 Escarificar, rolar e semear o relvado
 Plantar, podar, adubar e tratar as roseiras
 Reabituar ao ambiente exterior espécies semi-rústicas
 Fazer estacas, mergulhias e alporquias
 Cavar e sachar o terreno
 Executar os tratamentos fitossanitários
 Abrir novos tanques
 Arejar os vasos que estavam abrigados

ABRIL

 Semear e transplantar as espécies anuais
 Plantar bolbos e rizomas
 Adubar
 Transplantar e aparar as espécies herbáceas perenes
 Tratar e «colorir» as hortênsias
 Adubar e estrumar o relvado
 Alimentar e tratar as roseiras
 Plantar as espécies de folha persistente
 Podar as sebes de folha caduca e folha persistente
 Fazer estacas, mergulhias e alporquias
 Lavrar o terreno
 Preparar os tanques
 Trazer os vasos para o ar livre

MAIO

 Podar árvores e arbustos sem flor
 Regar
 Plantar as espécies anuais que florescem no Verão e no Outono
 Plantar bolbos e tubérculos
 Aparar as espécies herbáceas perenes
 Plantar os gerânios de bordadura
 «Colorir» as hortênsias
 Colocar o estrume
 Aparar, regar e adubar o relvado
 Verificar diariamente as roseiras
 Iniciar o cultivo nos tanques

JUNHO

 Podar árvores e arbustos sem flor
 Regar
 Arrancar e recolocar os bolbos
 Adubar
 Transplantar as espécies herbáceas de floração outonal
 Combater as infestantes
 Renovar o estrume
 Aparar, arejar e adubar o relvado
 Aparar as trepadeiras
 Desbastar e voltar a plantar os rizomas
 Podar as roseiras que não voltam a florir
 Apanhar as sementes
 Manter as sebes delimitadas
 Cortar pela base as espécies rasteiras sem flor
 Fazer estacas, mergulhias e alporquias
 Sachar o terreno
 Manter o nível nos tanques

JULHO

 Podar árvores e arbustos se flor
 Regar
 Semear as espécies bienais
 Arrancar, dividir e plantar bolbos, tubérculos e rizomas
 Adubar
 Aparar e semear as espécies herbáceas perenes
 Desbastar os gerâneos
 Combater as infestantes
 Estrumar
 Continuar a manutenção do relvado
 Podar e tratar as roseiras
 Regular e arranjar as sebes
 Fazer estacas, mergulhias e alporquias
 Manutenção dos tanques

AGOSTO

 Podar árvores e arbustos sem flor
 Regar
 Plantar bolbos de floração precoce
 Dividir e transplantar as espécies herbáceas perenes e vivazes
 Rejuvenescer as hortênsias
 Renovar o estrume
 Arejar, irrigar e aparar o relvado
 Aparar as trepadeiras de folha persistente
 Podar e tratar das roseiras
 Regular as sebes
 Fazer estacas
 Preparar o terreno para as plantações
 Voltar a limpar os tanques dos detritos vegetais

SETEMBRO

 Semear as espécies anuais
 Plantar os bolbos de floração precoce
 Podar e dividir as espécies herbáceas perenes
 Desbastar e adubar os gerânios
 Aparar, arejar e semear o relvado
 Regar, adubar e tratar as roseiras
 Podar as sebes
 Fazer estacas
 Desbastar e adubar as espécies rasteiras
 Preparar o terreno para as plantações

OUTUBRO

 Podar árvores e arbustos sem flor
 Arrancar e vsemear as espécies anuais
 Transplantar as espécies bienais
 Plantar bolbos e rizomas
 Juntar as folhas
 Recolher as hortênsias
 Preparar o relvado para o Inverno
 Tratar as roseiras
 Começar a proteger as espécies semi-rústicas
 Plantar as espécies de folha persistente
 Fazer estacas, mergulhias e alporquias
 Reordenar e dividir as espécies rasteiras
 Preparar os vasos para o abrigo

NOVEMBRO

 Podar e plantar árvores e arbustos de folha caduca
 Podar, dividir e voltar a plantar as espécies herbáceas perenes de folha persistente
 Transplantar as espécies bienais
 Plantar bolbos que florescem na Primavera e no Verão
 Desbastar aqs ramadas
 Estrumar o relvado
 Abacelar todas as plantas
 Podar e plantar as roseiras
 Proteger as espécies semi-rústicas
 Lavrar e adubar o terreno
 Secar os tanques
 Colocar os vasos em local abrigado

DEZEMBRO

 Podar árvores e arbustos de folha caduca
 Atar as espécies arbustivas
 Mondar todas as plantas
 Pulverizar água com efeito isolador
 Libertar da neve as trepadeiras e os arbustos caídos
 Rolar o relvado
 Cortar as raízes de árvores e arbustos
 Cavar e estrumar o sobcoberto
 Preparar o terreno para as plantações

João Alves e Alberto David

HISTÓRIA DOS JARDINS

A jardinagem é a arte e a prática de cultivar jardins ornamentais.

A história da jardinagem remonta ao antigo Egipto e aos famosos jardins suspensos da Babilónia, tendo tido lugar proeminente em todas as civilizações ao longo da história, tanto no mundo ocidental como no extremo oriente o século XX introduziu a jardinagem na planificação urbanística das cidades.

Embora exista evidência do cultivo de plantas para afins alimentares desde há vários milénios, as primeiras influências conhecidas a jardins ornamentais
Encontram-se na decoração
de monumentos funerários do Egipto, de 1500 a.C. onde se pode observar tanques de flores de lótus.

A Pérsia possui também a sua própria tradição, Dário I da Pérsia possui um jardim paradisíaco e os jardins suspensos da Babilónia, que Nabucodonosor II mandou construir, eram considerados uma das sete maravilhas do mundo.

Antiguidade clássica, a jardinagem alargou-se à Grécia pós-alexandrina onde por volta do ano 350 d.C. existiam jardins na academia de Atenas, embora o conceito grego fosse mais religioso que de lazer, com largas alamedas plantadas de árvores onde se intercalavam estátuas. Pensa-se que Teofrasto, que escreveu sobre botânica, recebeu como herança o jardim de Aristóteles

Os jardins antigos mais destacados do mundo ocidental foram Ptolomeu em Alexandria.

Os jardins Árabes- o conceito islâmico de jardinagem é a representação terrena do paraíso do Corão: o eixo central doa jardins árabes inclui fontes e canais por onde flui a água, por árvores de fruta. Os jardins de Alhanmbra e o do generalife, ambos em Granada, bem como o pátio dos naranjos, na Mesquita de Córdova são dois tipos de jardim.

Jardins Orientais por esta época tinha também surgido já na China a arte de jardinagem mas como uma concepção bastante diferentes tem um lugar de isolamento e contemplação dos elementos naturais, da terra e da água, eram princípios fundamentais do taoísmo, No Japão, desenvolveu-se um estilo próprio, com criação de paisagens minimalistas denominadas taukiyama e paralelamente os austeros jardim Zen nos templos, os hiraniwa, embora ambos tenham incorporado elementos dos jardins chineses.

Os jardins formais italianos e franceses no século XIII, a jardinagem renasceu na Europa no Langredoc e na Ilha da França. Com o Renascimento surgiram os jardins de estilo italiano onde as flores, se utilizavam espécies de arbusto que se esculpiam em várias formas.

Em França nos finais do século XIII a jardinagem desenvolveu-se os parlende franceses, que alcançaram o seu expoente com André le Notre. Este arquitecto partindo do estilo italiano, impôs uma concepção de jardim onde convivem os espaços abertos com parlendes estilizados de pronunciadas formas geométricas. As residências reais francesas de Saint-Cloud, Marly e Versalhes são excelentes exemplos desse estilo.

O romantismo Inglês – os jardins paisagísticos ingleses surgiam com uma nova perspectiva para a jardinagem no século XVIII, antecipação ao romantismo com um regresso as formas naturais, onde se misturavam em aparente anarquia, pequenos bosques com canteiros floridos e grutas artificiais.


Ana Cláudia e Tânia

JARDINS SUSPENSOS







imagens retiradas de dragonfly-a-utopia-da-agricultura-urbana.html

Com o contínuo crescimento da população mundial e a progressiva escassez de terra cultivável, a classe científica do planeta procura soluções para aumentar os nossos espaços verdes.
Existem neste momento vários projectos a nível mundial bastantes interessantes, tais como aumentar a produtividade e resistência das actuais culturas, recorrendo a métodos de selecção de plantas em locais inovadores e diversos como por exemplo telhados, terraços, etc.

Num futuro próximo iremos ter vários espaços verdes, com jardins e quintas biológicas em estruturas habitacionais de forma a ser mais sustentável a vida neste belo planeta azul.

Rosa e Rui


26 de março de 2010

PODAS



DEFINIÇÃO DE PODAS

A poda vem do latim putare que significa limpar, derramar. A poda é a arte e a técnica de orientar e educar as plantas, de modo compatível com o fim que pretendemos.
É o conjunto de cortes executados numa árvore com o objectivo de regularizar a produção,aumentar e melhorar os frutos, mantendo o equilíbrio entre a frutificação e vegetação.

TIPOS DE PODA


Poda de formação
Poda de manutenção
Poda sanitárias
Poda de formação

poda formação objectivos:

Proporciona, à planta, uma estrutura forte e equilibrada. É executada nos primeiros anos de vida. Promove o desenvolvimento do sistema radicular.
Elimina ramos mal orientados ou doentes,obter um fuste recto e sólido.
Regular a altura da árvore em relação ao uso do espaço que a rodeia.

António e Filipe

COMPOSTAGEM

Definições de compostagem: a compostagem é a transformação de resíduos, por acção de microrganismos através do processo biológico, do qual resulta o húmus.

Objectivos da Compostagem: o objectivo da compostagem é de transformar matéria orgânica que não está em condições de ser integrada no solo, em matéria que é admissível para misturar neste.

Caracterização dos materiais
Bio-Compostagem


Materiais Verdes: São ricos em azoto

Materiais Secos: São ricos em carbono

Materiais ricos em Carbono: Lenhosos (ramos e troncos), cascas de árvores, aparas de madeira, podas de jardim, folham verdes, etc.

Ricos em Azoto: Folhas verdes, estrumes de animais, restos vegetais hortícolas, erva, etc.


O que não colocar na Bio-Compostagem:
Vidro; plásticos; tintas; óleos; metais; pedras; etc.

Papel: pode usar-se mas não deve exceder 10% da pilha (conteúdo), não deve ser colorido e não deve ser encerado.


Dimensões das Partículas:
O que se coloca dentro da pilha de compostagem deve estar entre 1,3cm e 7,6cm

Mistura de Materiais:

Carbono: fornece energia e matéria orgânica.
Azoto: permite o crescimento dos microrganismos.


No âmbito do Curso de Jardinagem que se encontra a decorrer na Fundação Beatriz Santos, os formandos deste curso executaram um trabalho de construção de um bio compostor, onde colocam alguns dos materiais referidos em cima.
Essa matéria orgânica servirá de adubo para futuras plantações dos formandos.






trabalho realizado por:

Luís Cruz

Formadora:

Elsa Santos

A IMPORTÂNCIA DA JARDINAGEM NO MEIO AMBIENTE

A jardinagem e ambiente, são uma só palavra “SAÚDE”.
Toda a empresa de construção civil deve ter nos seus quadros um jardineiro ou paisagista, para se poderem desenvolver projectos de acordo com a saúde do planeta e de todos os seres, Humanos e outros animais. A beleza de um jardim ou espaço verde, além de nos fazer descontrair, também tem um efeito terapêutico.
As plantas e animais (pássaros), criam em nós um efeito perfeito de equilíbrio e bem-estar psicológico, que ainda nenhum medicamento nos conseguiu dar.
Nos dias que decorrem, temos que nos preocupar cada vez mais com a saúde da nossa casa (TERRA). O poupar água e não utilizar substâncias químicas, nos tratamentos de pragas ou correcção dos solos, contribui para o bem estar da nossa curta vida, vamos viver em harmonia com a NATUREZA.



Os jardins são hoje em dia indispensáveis numa sociedade moderna. De entre a grande quantidade de jardins existentes, um tipo se destaca pela sua beleza e importância: os jardins históricos. Ao falarmos de jardins históricos falamos do testemunho que a sociedade de uma época passada deixou através da paisagem. Os jardins históricos são monumentos vivos legados pelos nossos antepassados e obras de arte que admiramos e que devemos defender, compreender e proteger. Os jardins históricos são património, o que faz com que a sua conservação se torne por vezes muito difícil. Os seus proprietários encontram-se dispersos e, muitas vezes, sozinhos não conseguem fazer face à manutenção dos seus jardins.
João Pedro e Carlos Matos

19 de março de 2010

A DANÇA DAS FLORES



Flor do jardim,

flor que deveria

ser da primavera,

mas que preferiu

enganar as estações.

Leve flor carregada

pelo vento.

E nele desliza

como que em

delicada dança,

Flor que teve por par a brisa.

Brisa que acalmou o vento,

do som que se escondia no silêncio,

dos segredos que, embora ditos,

somente foram ouvidos

pelos que tinham ouvidos de ouvir,

pois que escutavam

com a alma,

pois que conheciam

os caminhos do coração.

Flor que é

delicadeza no botão,

e esplendor

no seu momento mágico.

Flor que decora

o circo da vida,

onde os pecados

convivem com as virtudes,

onde o perdão os liberta,

e os transforma

em sementes renovadas.


Gilberto Brandão Marcon


Publicado por : Tânia Sofia


FERRAMENTAS ANTIGAS








JPGN


DIA DO JARDINEIRO